terça-feira, 12 de abril de 2011

VERGONHA – Vereadores começam retaliação depois que população manifestou repúdio às suas ações

O “Grupo dos 6”, como ficou conhecido o grupo dos vereadores Rodnei Pedroso (PMDB), Jean Mendonça (PTB), Ananias Pereira (DEM), Professor Régis (PR), Vicente Pinheiro (PMDB) e Adão Teixeira (PSB), que autorizou a prefeitura municipal abrir processo licitatório para a prestação de serviços com abastecimento de água e redes de esgoto aprovando o Projeto 1.399 no último dia 4, começou a retaliar os colegas Cleiton Roque (PSB), Bozo (PSB) e Marlene Parra (PT), além, ao que tudo indica, do secretário municipal de saúde, Celso Bueno (PSB).

A retaliação começou com o desrespeito de quatro vereadores do “Grupo dos 6” durante a Sessão da Câmara de Vereadores de ontem (11), quando, logo após o Presidente, Rodnei Pedroso justificar que precisava sair, seguido da justificativa do vereador Ananias Pereira, que deixou o Plenário logo atrás.

Entretanto, os vereadores Professor Régis, Jean Mendonça, Vicente Pinheiro e Adão Teixeira demonstraram que estão pouco se lixando para o Regimento Interno da Casa de Leis, e estão pouco se lixando para os milhares de ouvintes da Rádio Rondônia AM 1480 que transmite as sessões ao vivo, quando se levantaram e saíram sem justificar nada, e apenas seguiram os que saíram antes deles.

O “Grupo dos 6”, instantes depois, estava reunido na sala da Presidência da Câmara de Vereadores.

Num sinal claro de que sofreram fria retaliação dos colegas, os vereadores Cleiton Roque, Bozo o Marlene Parra ficaram sozinhos no plenário, falando apenas aos ouvintes da rádio.

Tudo dá a entender que esse tipo de retaliação começou depois que a população de Pimenta Bueno repudiou, e está repudiando, a autorização que o “Grupo dos 6” deu para o prefeito Augusto Plaça “privatizar”, como estão dizendo, “a água”. A população está assinando um abaixo-assinado que integrará um Manifesto Popular. Seriam necessárias pouco menos de duas mil assinaturas, mas segundo informações preliminares, já são mais de cinco mil os pimentenses que assinaram o documento.

Celso Bueno – Segundo as informações, o secretário municipal de saúde, Celso Bueno, também estaria sofrendo retaliação do “Grupo dos 6” que já teria pedido a “sua cabeça”, em benefício da atual diretora do hospital municipal Ana Neta, Soionir. Essas informações ainda não estão comprovadas, de forma que as ações no setor pelos próximos dias é que vão confirmar se procedem, ou não, tais informações.

Muitos que transitam pelo hospital municipal Ana Neta garantem que a diretora, apesar de jurar que não, ainda é namorada do vereador Professor Régis, o que poderia, sob vários aspectos e entendimentos, configurar Nepotismo.

Celso Bueno tem as considerações do próprio prefeito Augusto Plaça, que apesar de ser de partido opositor no município, disse que o secretário tem feito um grande trabalho na saúde. O setor, realmente, deixou de ser manchete negativa nas rádios, sites e jornais da cidade, depois que o vereador deixou sua cadeira para assumir a pasta.

Dentre seus feitos está a contratação de médicos e aquisição de equipamentos para o hospital Ana Neta, além de grande influência política em Brasília e Porto Velho para brigar por benefícios, como a reforma do hospital que está para sair, com apoio do governo de Rondônia.

Ser secretário de saúde não tem nada a ver com ser um profissional da área de saúde, porque entende-se que o secretário tem que ser um bom administrador, e não exatamente um entendedor das técnicas do setor.

Se as especulações tiverem algum fundamento, há de se avaliar a administração da diretora do Ana Neta para se ter uma vaga idéia do que faria diante da Secretaria Municipal de Saúde, sendo ela, ainda, namorada do vereador Régis, ou não.

NEPOTISMO - Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos.

Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes (particularmente com o cardeal-sobrinho - (em latim: cardinalis nepos[1]; em italiano: cardinale nipote[2]), mas atualmente é utilizado como sinônimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido.

Texto: Arnaldo B. T. Martins - Foto: Rafaela Del Negri

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